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Coworking é a solução para o retorno do trabalho presencial?



Muitas pequenas e médias empresas entregaram seus escritórios com a chegada da pandemia como forma de reduzir os custos. Mas, alguns gestores notaram a importância da troca de experiências obtida com o trabalho presencial e não querem adotar o sistema remoto por completo. Aí surge o questionamento: para aqueles que desejam optar pelo formato híbrido, os espaços de cowork seriam a melhor alternativa? Como saber se o negócio se encaixa nesse novo modo de trabalhar?


Segundo pesquisa do Wix em parceria com o OfficeVibe, 70% dos entrevistados se sentem mais saudáveis trabalhando em um local de coworking do que em uma configuração tradicional de escritório. 64% dos coworkers são mais capazes de completar tarefas a tempo e 68% afirmaram que é mais fácil manter o foco.


O conceito do formato, para a CoworkingBrasil.org, pode ser definido como o movimento de pessoas, empresas e comunidades que buscam trabalhar e desenvolver suas vidas e negócios juntos, para crescer de forma mais rápida e colaborativa.


E diante do contexto pandêmico atual, a flexibilidade no trabalho foi colocada em primeiro plano. “As empresas estão repensando as suas estratégias e buscando melhores soluções para atender às demandas de negócios enquanto continuam garantindo segurança e bem-estar aos funcionários. Prevemos uma força descentralizada e, acima de tudo, colaboradores com autonomia para definir o modelo em que possam atingir melhores resultados e aumentar a produtividade”, afirma Lucas Mendes, diretor geral da WeWork no Brasil.


“Assim, tendências como ‘trabalhar de qualquer lugar’ e ‘hub-and-spoke’ (modelo descentralizado, com uma sede menor e mais escritórios satélites) são uma realidade e as companhias em todo o mundo devem tê-las em mente para apoiar seus funcionários e mantê-los engajados”, pontua.


Para Roberta Vasconcellos, CEO do BeerOrCoffee, o coworking é pensado para que todos tenham a melhor jornada de trabalho, inclusive, levando em consideração as medidas de segurança contra a Covid-19. “As pessoas ganham em questões como economia de tempo e qualidade de vida. Já as empresas, em atração e retenção de talentos, permitem que seus colaboradores tenham uma estrutura de trabalho adequada para trabalharem onde estiverem. Com isso, otimizam seus recursos, utilizando e pagando espaços sob demanda”, diz a especialista.


Como saber se o coworking é o formato ideal

No pós-pandemia, aderir a um espaço de cowork parece bem promissor: a troca constante de experiências ajudaria a estimular a criatividade e a produção de trabalhos inovadores por um aluguel com valor bem mais baixo do que o de salas em prédios comerciais comuns.


Entretanto, alguns aspectos devem ser levados em consideração, já que não é toda companhia que consegue se adaptar ao coworking. E isso não é um problema. Afinal, são novos tempos e certos elementos devem ser levados em conta.


“O local de trabalho foi redefinido como um centro de colaboração e produtividade – e o design do espaço precisa evoluir para dar suporte a essa transformação. Os ambientes devem estimular a produtividade, criatividade e engajamento e, para isso, devem ser tão inovadores quanto os colaboradores e as equipes. Vale reforçar que a criação de um senso de comunidade por meio de áreas compartilhadas é outro diferencial essencial”, salienta Lucas Mendes.


Ciente disso, a CEO do BeerOrCoffee reforça que, por trás desses espaços, muitas vezes existe uma equipe multidisciplinar, formada por arquitetos, designers de interiores e fisioterapeutas, que aplicam suas habilidades para deixar as pessoas mais confortáveis. Isso vai desde a escolha de móveis ergonômicos, passando pelas cores, pela iluminação e pelo posicionamento de cada ambiente.


“O coworking possui estrutura adequada aliada com a comodidade por poder ser perto de casa, sociabilização para encontrar pessoas da equipe e com a importância de mudar o ambiente e ter um local inspirador para aumentar a capacidade criativa dos colaboradores, melhorando a saúde mental”, coloca Roberta Vasconcellos.


“Nossos espaços são a casa de empresas de diversos tamanhos e segmentos. Vemos o escritório como um lugar de troca e confraternização, então acreditamos que os espaços compartilhados, que impulsionam o trabalho em conjunto, devem ganhar força. Esse é o diferencial de um espaço que realmente está pronto para o futuro: a configuração é facilmente adaptável. Cada empresa pode organizar a disposição do ambiente de acordo com as suas necessidades”, aponta o diretor geral da WeWork no Brasil.


Na ponta do lápis: o aspecto financeiro do local de trabalho pós-pandemia

Tratar os espaços de cowork como os novos escritórios do futuro depende de um fator bem importante: a viabilidade financeira. Devido à pandemia, muitos negócios tiveram seus caixas alterados, aumento de dívidas pendentes ou até mesmo estão passando por um processo de recuperação e readequação das operações. Por isso, os especialistas explicam como colocar as contas no papel e verificar se, apesar de estar na moda, o coworking é a melhor opção para a companhia no momento.


“Os espaços flexíveis proporcionam uma aplicação muito mais rentável e efetiva dos recursos das empresas. Por conta da pandemia, muitas organizações se viram presas em contratos de aluguel de longo prazo, enquanto o escritório estava totalmente desocupado. Nesse cenário, os espaços de trabalho compartilhados proporcionam versatilidade dos ambientes até a negociação dos contratos em si, que podem expandir ou reduzir a qualquer momento de acordo com a demanda”, explica Lucas Mendes.


Pensando nisso, o especialista elenca algumas questões financeiras positivas da adoção do coworking:


● Com o formato híbrido, o número de funcionários dentro do escritório será variável;

● Redução dos custos diários de mobilidade e deslocamento de suas equipes;

● Pagamento de uma mensalidade única que engloba todos os custos (médias e grandes empresas);

● Eliminação da necessidade de preocupação com gestão de facilities e vertentes operacionais do ambiente de trabalho.


Além disso, em números, a executiva do BeerOrCoffee explica que, com os espaços de cowork, é possível otimizar os custos de escritório/real estate de 30% a 50%, já que esse é o segundo maior gasto das companhias de serviço. “A nossa proposta é que as empresas utilizem escritórios como serviço e sob demanda. O metro quadrado mais caro não é o da Faria Lima, é o que a organização não está utilizando”, salienta.


Análise caso a caso

Não há uma fórmula mágica para a definição do local de trabalho pós-pandemia dada as características e especificidades de cada organização. Todavia, os espaços de cowork possuem atrativos e pontos positivos. Basta que os executivos enxerguem suas realidades corporativas sem romantismo para poder definir, com sabedoria, quais serão os próximos passos.


“O futuro é remoto, ágil e distribuído. Acredito que a pandemia adiantou o futuro do trabalho em cerca de dez anos. Vemos muitos colaboradores e empresas que jamais se imaginaram dentro do trabalho remoto, mas hoje estão tendo mais liberdade e flexibilidade no dia a dia. Com isso, podem ser mais produtivos e mais felizes no trabalho”, finaliza a CEO.


https://www.consumidormoderno.com.br/2021/07/12/coworking-solucao-trabalho-presencial/

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